domingo, 30 de dezembro de 2007

Imaginar é viver


Ao ler o livro "Quer ouvir uma história? lendas e mitos no mundo da criança" de Heloisa Prieto, a autora demonstra que para se tornar um contador de histórias ou mesmo um escritor é preciso aprender a ler e compartilhar as histórias lidas e mergulha nos caminhos mágicos das narrativas orais que fascinaram e/ou fascinam a humanidade em todos os lugares e em todos tempos. Como exemplo de narrativas consagradas temos as histórias narradas por Sherazade em "As mil e uma noites"; os contos de fadas dos irmãos Grimm, Hans Christian Andersen, Perrault; as histórias do Rei Artur; Tristão e Isolda entre outras. E aponta a importância do ato de ler e de ouvir no processo de criação:

"Como diziam os antigos gregos, Mnemósine, a musa da memória, é a mãe de toda criação. Narrativas pertencem ao grande mar formado pelo rio de histórias, como indica a palavra sânscrita Katahâsaritsâgara. Quanto mais se bebe nessa fonte, mais histórias poderão nascer no imaginário dos jovens leitores, e suas próprias ondas poderão se formar desses rios vindos de diferentes épocas e lugares." (Prieto, 1999)
A imagem ao lado mostra a deusa da memória Mnemósine, pintura de Dante Gabriel Rosseti.

Como diziam os antigos sábios da filosofia oriental "Imaginar é viver"; "porém, é preciso saber transitar por meio das vias imaginárias".
Busquemos as histórias que nos possuem...